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Leveza em tempos de incerteza

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Estamos em um momento diferente de tudo o que já vivemos. Não temos referências, parâmetros, ferramentas nem bússolas que nos mostrem como passar pelo período de quarentena. Em resumo, estamos vivenciando tempos de incerteza.

Um período marcado por inseguranças, medo e muita inquietação. Renato Russo já nos avisava:

“E o futuro não é mais como era antigamente”

Acredito que todas nós compartilhamos as mesmas sensações: nos sentimos oprimidas, confinadas e desesperançosas. Seja no nível profissional ou pessoal, parece cada vez mais difícil saber para onde ir ou pisar, como agir e qual o melhor caminho a seguir.

Mas não podemos perder de vista que, apesar das incertezas, este é um momento de oportunidade de reflexão para, quem sabe, criarmos um futuro melhor do que tudo o que vivemos até hoje.

Em agradável conversa com Leila Ferreira, palestrante e autora dos livros “A Arte de Ser Leve”, e “Mulheres: por que será que elas…?”, falamos muito sobre maneiras de criarmos um futuro marcado por mais leveza.

Nós, mulheres, sempre nos preocupamos com a leveza dos nossos corpos: a obsessão pela magreza e pela forma física é geral. Nada contra nos cuidarmos, a preocupação com a saúde é mais do que válida e não há nenhum pecado em se preocupar também com a estética. Mas o que nós não podemos perder de vista é que um corpo saudável precisa carregar uma alma leve. De nada adianta emagrecer os corpos e deixar as almas pesarem cada vez mais.

Mesmo antes da pandemia e de toda a preocupação com a falta de trabalho e falta de perspectiva da retomada do nosso setor, já estávamos cada vez mais estressadas. O nosso dia a dia de produção se resumia a noites de sono agitadas, alimentação desregulada e falta de horário definido para voltar para casa. Assim, palavras como gentileza, leveza e delicadeza acabaram sendo esquecidas em nosso vocabulário.

Como tornar mais leves os tempos de incerteza

Saber conviver é uma das habilidades mais importantes para a vida em sociedade, seja em casa, no trabalho ou na vida social. E sabemos como é difícil conviver bem em ambientes marcados pela grosseria e pela intolerância causadas pelo estresse.

Quem sabe agora, nessa pausa estranha que a vida nos trouxe, não possamos trazer esta reflexão para nossa rotina? Quem sabe neste momento único não tiramos um tempo para avaliar a nossa forma de conviver umas com as outras?

Conviver com um profissional grosseiro é uma das piores experiências que existem. Ter que  lidar com uma pessoa indelicada e mal educada, seja onde for, é uma experiência extremamente desagradável. Enfrentar grosserias no ambiente doméstico é algo que nos adoece, sem dúvidas. Mas como aqui estamos conversando entre produtoras, vamos nos ater ao aspecto profissional.

Diversos estudos comprovam que em ambientes corporativos onde a grosseria prevalece, as pessoas produzem menos, adoecem mais, pedem mais demissão e deixam de ‘vestir a camisa’ das empresas. Inclusive, grandes corporações nos EUA vêm adotando projetos a longo prazo para treinar os funcionários com o objetivo de tornar a convivência mais civilizada e respeitosa

Por exemplos, a Cisco Systems implantou em 2007 a ‘Operação Respeito’ e, de lá pra cá, economizou milhões e milhões de dólares. Tudo isso porque os funcionários apresentaram maior equilíbrio emocional após a aplicação do projeto. Os resultados se traduziram em lucros para a empresa e, dessa forma, os dois lados saíram ganhando.

Por isso, gostaria de fazer um convite a todas para aproveitarem estes tempos de incerteza em que estamos com menos demandas, sem loucas rotinas com um evento atrás do outro e com mais tempo para olhar para nós mesmas.

Que tal pararmos para refletir sobre a importância da leveza e da delicadeza nas diferentes relações interpessoais que construímos? Tenho certeza que, aplicando pequenas mudanças nas atitudes, nossa retomada ao trabalho será muito mais proveitosa, agradável e produtiva!